A Revolta Malês aconteceu na Bahia na noite do dia 24 para o dia 25 de fevereiro de 1835. Ela foi uma motivada por questões religiosas dos escravos trazidos ao Brasil que tinham origens islâmicas.
A revolta aconteceu para que todos os escravos islâmicos, principalmente os hauçá, igbomina e picapó, fossem libertados e para que tivessem liberdade de expressar sua religião e realizar cultos.
Eles tinham também outros objetivos, como por exemplo, o fim do catolicismo, o furto dos bens de todos os brancos e mestiços e ainda conquistar direitos e vantagens que diziam ter por conta de sua religião.
Defendiam uma monarquia de origem islâmica no Brasil, a escravização e assassinato de todos que fossem contrários ao islamismo e que não se tornassem adéptos a religião.
Os planos desses escravos foi relatado à um juiz de paz que informou as autoridades e fez com que os objetivos fossem frustrados já que o exército era muito maior e mais bem preparado para o combate.
Nos vários confrontos violentos que aconteceram, morreram 70 escravos e 7 soldados. Os escravos que sobreviveram, 200 foram presos e condenados à morte, açoites ou deportação para a África. Essas medidas foram tomadas para evitar que outros atos rebeldes acontecessem.
Na busca sobre os planos de revolta foram encontradas cartas e livros sobre o islamismo que criaram no governo um temor de novos rebeldes e mais problemas com a insatisfação islâmica.
Por isso foi proibido qualquer culto islâmico no Brasil e também que que os escravos de origem islâmica circulassem à noite pelas ruas. Assim o governo conseguia ter maior controle e inibia as manifestações da população.
A Revolta Malês foi mais uma manifestação do povo contra a situação do país no período do Brasil Imperial, a política e a economia estavam devastadas e a forma de o povo se manifestar era através das revoltas.
Nesse caso específico, foi pregada também a falta de liberdade de religião predominante no país.